É incrível como um personagem esférico, complexo, com várias camadas de narrativa moderna, pode ser tão angustiante de se assistir. E o que ele busca? O que ele realmente quer? Será que ele quer ser assim mesmo? Assisti a um filme austríaco, de Tirol, chamado "Michael". Seleção de Cannes. É um filme com poucas falas, que diz muito pelas imagens. Porém, acredito que o filme tenha pecado em um aspecto, ou talvez a ideia fosse de não sabermos mesmo a motivação do Michael. Michael é um pedófilo que mantém um menino em cárcere privado em um quartinho escondido na parte de baixo da sua casa. Mas não sabemos muito da vida do Michael, além do seu trabalho e que ele tem uma mãe, uma irmã e sobrinhos. Por isso, fica a dúvida: por que Michael é um pedófilo? Ele foi abusado na infância? Não sabemos de nada e não temos informações para entender por que Michael é um pedófilo. Ficamos na dúvida.
Legal esse comentário Be. As vezes parte da angustia é justamente o de não saber, né? Como você bem disse. O de olhar pro filme e ver o que não consegue ser explicado ou justificado, se maravilhar e horrorizar com as lacunas.
Sim, mas lendo algumas críticas sobre isso, percebi que o intuito era exatamente esse. É para mostrar que o pedófilo pode ser uma pessoa comum, como seu vizinho ou um colega de trabalho, como foi o caso de Michael.
Fico bastante tocado com cineastas que conseguem retratar a angústia, histórias que “avançam pra dentro”. Não sei se é impressão minha, mas parece que esse tipo de “antitrama” tá começando a cair no gosto do público, o que é muito bom, pq os estúdios começam a ver retorno e incentivar mais histórias assim.
Oi Wesley, eu acho que o formato "hibrido" como filmes estilo Her ou Coringa são muito interessantes e ja mostraram que é possível ter público e contar uma história sem ser no modo totalmente clássico :)
É incrível como um personagem esférico, complexo, com várias camadas de narrativa moderna, pode ser tão angustiante de se assistir. E o que ele busca? O que ele realmente quer? Será que ele quer ser assim mesmo? Assisti a um filme austríaco, de Tirol, chamado "Michael". Seleção de Cannes. É um filme com poucas falas, que diz muito pelas imagens. Porém, acredito que o filme tenha pecado em um aspecto, ou talvez a ideia fosse de não sabermos mesmo a motivação do Michael. Michael é um pedófilo que mantém um menino em cárcere privado em um quartinho escondido na parte de baixo da sua casa. Mas não sabemos muito da vida do Michael, além do seu trabalho e que ele tem uma mãe, uma irmã e sobrinhos. Por isso, fica a dúvida: por que Michael é um pedófilo? Ele foi abusado na infância? Não sabemos de nada e não temos informações para entender por que Michael é um pedófilo. Ficamos na dúvida.
Legal esse comentário Be. As vezes parte da angustia é justamente o de não saber, né? Como você bem disse. O de olhar pro filme e ver o que não consegue ser explicado ou justificado, se maravilhar e horrorizar com as lacunas.
Sim, mas lendo algumas críticas sobre isso, percebi que o intuito era exatamente esse. É para mostrar que o pedófilo pode ser uma pessoa comum, como seu vizinho ou um colega de trabalho, como foi o caso de Michael.
Fico bastante tocado com cineastas que conseguem retratar a angústia, histórias que “avançam pra dentro”. Não sei se é impressão minha, mas parece que esse tipo de “antitrama” tá começando a cair no gosto do público, o que é muito bom, pq os estúdios começam a ver retorno e incentivar mais histórias assim.
Oi Wesley, eu acho que o formato "hibrido" como filmes estilo Her ou Coringa são muito interessantes e ja mostraram que é possível ter público e contar uma história sem ser no modo totalmente clássico :)
Muito bom! Já fui teu aluno e sou teu fã! Bom te ver por aqui, meu caro!